BC segue vendo estouro da meta de inflação em 2016 e ‘tombo’ do PIB

27 de setembro de 2016

IPCA deve ficar em 7,3% em 2016 e próximo de 4,5% em 2017, prevê BC.
Já para o PIB, previsão é de queda de 3,3% em 2016 e alta de 1,3% em 2017.

Alexandro Martello
Do G1, em Brasília

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação oficial do país, deve ficar em 7,3% neste ano, de acordo com previsão do Banco Central divulgada nesta terça-feira (27).

Se a estimativa se confirmar, será o segundo ano seguido com inflação acima do teto da meta perseguida pelo BC, que é de 6,5%. Em 2015, a inflação ficou em 10,67%, a maior taxa desde 2002.

Economistas do mercado financeiro preveem uma inflação de 7,25% para 2016.

Pelo sistema que vigora no Brasil, o Banco Central tem uma meta para a inflação a cada ano. Em 2016, a meta central, ou seja, o foco, é de IPCA de 4,5%. Entretanto, o sistema prevê uma “folga”, um piso e um teto de dois pontos percentuais para baixo ou para cima. Dessa maneira, o BC terá cumprido a meta se a inflação ficar em até 6,5% neste ano.

Entretanto, com a estimativa de IPCA em 7,3%, o BC está prevendo que não vai conseguir cumpri-la. Se isso acontecer, o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, terá que escrever uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicando as razões para o estouro da meta.

No documento divulgado nesta terça, o BC também estima que a inflação deve ficar mais próxima da meta central de 4,5% no ano que vem. Para o Produto Interno Bruto (PIB), o Banco Central estima uma contração de 3,3% neste ano e uma alta de 1,3% em 2017.

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